“As Cores do Coração”

Comprei “As Cores do Coração”, da paulistana Dani Assis, por indicação do canal “Livros e Fuxicos”, mas não comecei a ler de imediato porque, como de costume, havia uma lista relativamente grande de títulos a serem lidos antes, mas quando li, quase o fiz de um fôlego só. 

Esse foi um daqueles livros que a gente começa a ler devagar para que não acabe logo (não sei se você também tem dessas coisas, eu tenho!). O livro editado pela Harlequin, em 2020, utiliza-se de 304 páginas para narrar a surpreendente história de Vittorio e Antonella.

O surpreendente fica por conta da temática, que eu nunca havia encontrado em outra trama. Em “As Cores do Coração”, Vittorio é um jovem artista plástico que nasceu com uma doença congênita no coração e, já tendo passado por vários procedimentos e fazendo uso de muitas drogas, agora não tem outra opção que não um transplante.

Corta!

Antonella e Enrico são um jovem casal apaixonado que está junto há três anos. No dia do terceiro aniversário, Antonella descobre uma aliança na gaveta de Enrico e não é difícil supor que ele vai pedi-la em casamento. Ela, finge não saber de nada. Os dois saem de moto para tomar café da manhã em algum lugar e sofrem um acidente. Antonella fica ferida e Enrico sofre morte cerebral…e a família opta pela doação dos órgãos.

Corta!

Antonella não se conforma com a perda do namorado e por indicação passa a frequentar um grupo de apoio. Em seguida passa a trabalhar como voluntaria nesse grupo. E posteriormente passa a trabalhar como contratada pela Instituição.

Corta!

Vittorio passa a ter sonhos “estranhos” após o transplante e por recomendação medica passa a frequentar um grupo de apoio, no qual conhece Antonella.

Por que ler?

Porque se trata de uma deliciosa obra da literatura brasileira atual. Porque Dani Assis conseguiu escrever uma obra que é ao mesmo tempo clichê e surpreendente (há várias reviravoltas na trama). Porque a obra trata de um tema pouco abordado pela literatura (eu pelo menos, nunca havia lido nada sobre transplante de órgãos). Porque a autora fez uma pesquisa sobre memória celular e o tema também é tratado no livro.

Porque a linguagem do texto é fluida e a leitura é rápida. Porque além da questão do transplante, outros temas relevantes são tratados na obra. Porque a capa é linda!!!!! Desejo que você também tenha curiosidade, como eu tive e que a história cative o seu coração como cativou o meu desde o início.

Gostou? clique abaixo para comprar o livro.

“Tchau”

Meu primeiro contato com a obra de Lygia Bojunga foi aos 12 anos e, confesso que o primeiro contato não me agradou.

Claro, eu já tinha ouvido falar da escritora e também de suas obras “Angélica”, “Corda Bamba”, “A Casa da Madrinha”, “A Bolsa Amarela”, mas lhe fui apresentada ao seu texto com “O Sofá Estampado” e, talvez por ter se tratado de uma leitura obrigatória, talvez por imaturidade leitora, achei a obra chatíssima. Eu não entendia nada: qual a relação daquele tatu com aquela gata? O que representava aquele sofá? Aos 12 anos, quando a escritora ainda assinava Lygia Bojunga Nunes, nada daquilo fazia sentido pra mim e, confesso também que, mesmo depois de adulta, não tive a menor curiosidade de voltar à obra; Eis um grande problema da forma como a leitura era trabalhada na escola: a leitura obrigatória para fazer um fichamento…a mesma obra para todos os alunos/leitores…enfim, mas essa discussão fica para um outro momento.

Mais tarde um pouco, assisti a uma adaptação para teatro de “Corda Bamba”, da qual tenho pouca lembrança e outra de “Angélica” da qual recordo ainda trechos quase completos. Ainda assim, isso não foi suficiente para levar-me de volta à obra de Lygia Bojunga. Eu já era adulta. Já contava histórias, quando adquiri quase que por birra “Tchau”. Meu exemplar é da Editora Agir e data do ano de 1994. Nossa…”Tchau” foi uma revolução em mim! O livro de 78 páginas é dividido em quatro contos: “Tchau”, que dá título à obra, “O Bife e a Pipoca”, “A Troca e a Tarefa” e “Lá no Mar”

Li e reli diversas vezes. Já mais de uma vez, li às crianças de quinto ano, atualmente na faixa de 10, 11 anos e ele nunca passa “em brancas nuvens”. Sempre gera algum desconforto, alguma revelação e não raro, alguma criança acaba por adquirir o livro. A linguagem dos contos é bastante acessível e a leitura fluida, mas é importante que se esclareça que, embora seja literatura infanto-juvenil, publicada originalmente em 1984, todos os contos possuem gatilhos que, na minha modesta opinião, exigem atenção de um adulto. 

Por exemplo, uma vez li o conto “Tchau” para uma turma de quinto ano. O conto narra a história de uma mulher que se apaixona por um homem e é convidada para morar com ele na Grécia, deixando com o ex marido seus dois filhos, um bebê e uma menina já maiorzinha. Ao terminar a leitura, um dos meninos estava com os olhos marejados. Ele achou a história bonita, mas muito triste. Não se conformava com a ausência de um “final feliz”  (olha o spoiler aí, minha gente!). Nesse momento, tive que intervir e explicar que na literatura, assim como na vida, nem sempre há um “final feliz” e tudo bem. Ele não se conformou com a explicação e disse que iria “procurar na Internet se não havia um outro final pra´quela historia”. Não sei se ele o fez.

Por que ler?

Porque se trata de literatura brasileira premiada. Porque é de autoria de uma mulher que é um ícone na literatura brasileira. Porque, apesar de ter sido escrita nos anos 1980, continua atual. Porque nem sempre a vida real nos presenteia com o tal “final feliz” e é importante reconhecer isso na boa literatura, também. Porque os contos são emocionantes. Porque todo mundo merece dar-se a chance de ter um desses encontros arrebatadores da vida real com a literatura. Indico a obra para leitores de sensíveis corações e desejo que a obra encontre em você o mesmo eco que encontrou em mim.

Boa leitura!

“Cri-Cró e outras histórias”

Em 2019, a joinvilense Else Sant`Anna Brum, lançou pela Editora Areia o livro de literatura infatojuvenil “Cri-Cró e outras histórias” Ilustrado por Michelline Móes e com prefácio do editor Jura Arruda, a obra é uma coletânea que reúne 26 contos, desses 22 publicados mensalmente no Jornal A Notícia,
entre os anos de 2006 e 2012.

A escritora atuou como professora alfabetizadora, no Magistério de Joinville, durante 25 anos, período em que acumulou muita experiência com o público a que se destinam os textos dessa coletânea. Dona Else teve seu texto “Miguelito Pirulito” publicado em formato de livro em 1986, “Cri-Cró”, em 1992, “Retetéu”, em 1994 e “Serelepe”, em 1996. Desde Março de 2016 ocupa a cadeira de número 28 na Academia Joinvilense de Letras – AJL. Você pode encontrar “Cri-Cró e outras histórias” para empréstimo nas Bibliotecas Públicas de Joinville (SC) e para aquisição na Livraria O Sebo e pelo site da Editora Areia.

O livro conta com histórias curtas e todas elas ilustradas. A escritora disse, na ocasião do lançamento do livro na Biblioteca Pública Municipal Prefeito Rolf Colin, que vários desses textos ela escreveu sob inspiração de situações vividas, inclusive nas escolas, como professora e diretora escolar.

Por que ler?
Porque se trata de uma obra de literatura infantojuvenil publicada em Joinville e porque
foi escrita e ilustrada por mulheres.
E também por tratar-se de uma leitura leve e rápida.
É importante ressaltar que a obra foi publicada com recursos próprios da escritora que, a essa altura da vida, decidiu “bancar” o sonho, de ter mais uma obra publicada, desta vez reunindo parte da produção de uma vida dedicada à escrita para pequenos e jovens leitores.
Recomendo a leitura!

Gostou? clique abaixo para comprar o livro.

“Copo Vazio”

Terminei a leitura de “Copo Vazio” com a estranha e familiar sensação de “quem nunca?”

A obra de 144 páginas, foi escrita pela paulista Nathalia Timerman – quem procurei nas redes sociais, para conversar depois da leitura e foi super acessível, por sinal – foi lançada pela Editora Todavia em 2021e conta a história de Mirela. Ou seria a história de Pedro? Ou então a história de Pedro e Mirela?
Espera, vamos organizar o pensamento!

“Copo Vazio” conta a história de Mirela, que por insistência da irmã Marieta, se cadastra num desses aplicativos de relacionamento no qual conhecerá Pedro.
Mirela não acreditava que poderia encontrar “o amor da vida” em um aplicativo, mas não é que ela estava errada?
Pedro era o homem da sua vida e eles viveram uma linda história de amor, com direito a conhecer a avó de Pedro em Minas Gerais. Tudo ia bem, até que Pedro simplesmente desaparece do mapa. Mirela tentando compreender o que aconteceu, ao mesmo tempo em que espera que Pedro volte.
A trama alterna passado e presente, mas sem deixar o leitor confuso.

Quando li o último capítulo, finalmente o primeiro fez todo sentido.
Por que ler? Porque o livro trata com delicadeza de temas como responsabilidade afetiva e relacionamento amoroso;
Porque a escrita de Nathalia é uma delícia de ler; Porque algumas mulheres e (por que não?) alguns homens, vão se identificar muito com a história;
Porque a leitura é muito rápida;
Porque torcemos pelas personagens;
Porque temos vontade de procurar por Pedro, também;
Porque, de repente, tudo faz sentido.

Recomendo “Copo Vazio” para sensíveis e apaixonados leitores adultos, e espero que vocês entrem na trama como eu entrei.
Boa leitura!

Gostou? clique abaixo para comprar o livro.

“A Boneca de Rebeca”

Eis que, um dia, ao chegar em casa e abrir minha caixa de correspondência, me deparo com um envelope endereçado a mim, contendo dois lindos presentes: “Mahuru”, escrito por Anete Curte Ferraz e brilhantemente ilustrado por Malu Rodrigues e “A Boneca de Rebeca”, escrito pela paranaense Marlene de Fátima Gonçalves, ilustrado por Verônica Fukuda, nascida em Registro, no interior de São Paulo. Me aterei aqui ao “A Boneca de Rebeca”, editado pela FATUM, em 2021.
A obra ainda cheira a “tinta fresca”, toda escrita em caixa alta, é voltada para o público infantil e trata com delicadeza e afeto a história de Rebeca, uma linda menina que ganhou um irmão, o Zeca e “(…). Como irmão não é brinquedo mamãe lhe deu uma boneca”.

É importante ressaltar que a obra foi muito bem pensada para o público a que se destina e aborda com responsabilidade o tema da representatividade, pois todas as personagens, inclusive a boneca, são negras, sem que esse fato esteja explícito ou implícito no texto verbal e de protagonismo infantil, pois a história toda se passa com crianças e aborda lindamente o universo infantil. O popular, “criança sendo criança”.

Por que ler?
Porque a obra é lindamente escrita toda em caixa alta e rimada o que confere um ritmo gostoso à leitura.
Porque trata com afeto questões de representatividade e protagonismo infantil.
Porque a capa é um encanto! Porque as ilustrações casam perfeitamente com o texto verbal sem ser redundante.
Porque as ilustrações são tão lindas que poderiam ser quadros vendidos separados do livro.
Porque os habituais leitores de literatura infantil encontrarão uma surpresa com a qual se identificarão em uma das ilustrações (eu adorei a referência!).
Porque, mesmo que você não seja mais criança, a obra tocará seu coração.

Espero que você deseje ler a obra ou presentear alguma criança da qual goste muito.
Boa leitura!

“Vasto Mundo”

Você já teve a sensação de sentir-se dentro de uma história, e que poderia muito bem ser também um filme? Foi essa a minha sensação ao ler “Vasto Mundo”, de Maria Valéria Rezende. Obra que li por indicação e empréstimo de uma amiga.

No livro, os personagens são narrados em curtas histórias interligadas entre si. Tais histórias se passam em Farinhada, uma vila fictícia no Nordeste brasileiro. Foi publicada pela Editora Alfaguara, em 2015 e se vale de 168 páginas para contar as histórias que a compõe.

Mas, “Vasto Mundo” possui uma particularidade interessante, que eu jamais encontrei em outra obra: as histórias são narradas por Farinhada. Isso mesmo, você não me entendeu mal, é a fictícia vila quem narra as histórias de todos os personagens e essa característica, dá ao leitor um interessante ponto de vista de cada um deles e a obra como um todo, uma perspectiva no mínimo inusitado.

Este foi o terceiro livro que li de Maria Valéria Rezende e todos os anteriores, também publicados pela Alfaguara, são igualmente recomendáveis: “O Voo da Guará Vermelha”, também indicada por um amigo e “Quarenta Dias”, que praticamente saltou da estante na minha mão em um dos meus garimpos pelos sebos da cidade.

Por que ler?

Porque “Vasto Mundo” é uma leitura gostosa, embora algumas vezes triste.
Porque é inusitado que uma história seja narrada pelo ponto de vista de uma vila.
Porque, na minha opinião, “Vasto Mundo” poderia ser adaptado para o cinema.
Porque trata-se da obra de uma importante escritora brasileira da atualidade.
Porque as personagens são ricas em suas vidas aparentemente simples.
Porque as histórias se cruzam brilhantemente.

Recomendaria “Vasto Mundo” para experientes e sensíveis leitores, não que a linguagem seja rebuscada ou de difícil compreensão, longe disso, mas as temáticas abordadas na obra são de interesse do público adulto.

Desejo que a viagem à Farinhada seja agradável para você como foi para mim.

Boa leitura!

Gostou? clique abaixo para comprar o livro.

“O Avesso da Pele”

Adquiri “O Avesso da Pele” de autoria do carioca radicado em Porto Alegre, Jeferson Tenório, porque sua obra foi vencedora do Prêmio Jabuti 2021, em sua
categoria e este é o principal prêmio da Literatura Brasileira. Também porque acompanho pelo Instagram as postagens da Professora Doutora Sueli Cagneti e certo dia assisti a um vídeo seu, não apenas indicando a obra como fazendo a leitura de um trecho da mesma. Fui tocada pela leitura da professora e por saber da importância do Prêmio Jabuti.
Fui até a livraria A Página, e comprei, sem nem ler a orelha ou quarta capa. Aliás, uma curiosidade a meu respeito: minha irmã costuma dizer que ninguém pode comprar livros escolhendo como eu escolho, lendo um trecho aleatório do mesmo. Hoje, eu acompanho vários canais no YouTube e Instragram, mas antes disso foi assim que selecionei muitas das minhas leituras. Bom, voltando a “O Avesso da Pele”, a obra publicada pela Companhia das Letras em 2020, narra a história de Pedro, que após a morte do pai, professor negro brutalmente assassinado pela polícia, passa a resgatar seus passos, recontando sua história.

O livro fala de racismo velado e explícito, mas seria simplista demais rotulá-lo dessa forma. A obra aborda, para além das relações étnicas, relações de poder em uma sociedade caótica e alienada. É de uma delicadeza e ao mesmo tempo de uma brutalidade ímpar, o que me fez ficar presa à trama de forma a sentir os poros, os pelos e o avesso da minha própria pele. Talvez a identificação tenha vindo do fato de ser eu também uma professora que em alguns momentos já me peguei questionando uma série de (in)certezas. Talvez por, apesar de caucasiana e ter certeza de que jamais compreenderei o que é sofrer racismo, tenho buscado cada vez mais uma pratica antirracista em minha vida. Talvez porque a trama seja bem escrita, a ponto de me fazer querer ler outras obras do autor. Talvez por tudo
isso junto. Só sei que a obra não tem um Prêmio Jabuti à toa. A discussão, apesar de antiga, parece continuar cada vez mais necessária.

Por que ler?
Porque o autor consegue ser delicado e “áspero” em sua abordagem.
Porque a obra trata de temas que urgem por discussão e solução em nossa sociedade. Porque a leitura é forte, mas ao mesmo tempo, rápida (a obra conta com apenas 192 páginas). Porque trata-se de literatura brasileira de excelente qualidade.
Porque trata-se de um escritor negro.
Porque é uma obra premiada.

Espero que “O Avesso da Pele”, que eu indicaria para o público adulto, também toque sua pele e o seu coração.
Boa leitura!

Gostou? clique abaixo para comprar o livro.

“Sete Dias Juntos”

“Sete Dias Juntos”, de Francisca Hornk, foi lançado pela Bertrand Brasil em 2020 com uma temática muito propícia para o período que o mundo vem atravessando desde o início da Pandemia COVID-19. A obra, de 364 páginas conta a história da família Birch que terá que passar as festas de fim de ano em quarentena, pois receberão Olivia, que atua como médica na África, em uma região que enfrenta uma grave epidemia. Na narrativa desses sete dias, o leitor descobrirá que todos os membros da família guardam segredos entre si e que, talvez, seja impossível mantê-los estando em confinamento.
Conhecerá Emma, a matriarca da família, seu marido Andrew, Olivia, recém chegada da África com muita experiência e muitos traumas acumulados no exercício da profissão e Phoebe, a filha mais nova que vive em um mundo de futilidades. Cada um deles guarda segredos que apenas o leitor tomará conhecimento. Nos próximos sete dias a ordem é: ninguém entra e ninguém sai. Será possível guardar os segredos, o isolamento imposto pela quarentena e ainda manter o festivo clima próprio de dezembro?

Por que ler?
Porque a temática é atualíssima; Porque a leitura é fluida e instigante
Porque o tempo todo os segredos geram tensões que despertam mais e mais a nossa curiosidade.

Bem, “Sete Dias Juntos”, definitivamente não é um romance clichê que nos deixa com o coração quentinho e aquela gostosa sensação de clima natalino, mas foi uma das minhas leituras preferidas de 2020, mesmo os dramas familiares não sendo exatamente meu estilo favorito de leitura. Desejo que os segredos e a trama bem urdida da obra, mantenham você curioso e estimulado a saber como acabará essa “aventura natalina”!


Boa leitura!

Gostou? clique abaixo para comprar o livro.

“Em Casa para o Natal”

“Em Casa para o Natal”, de Cally Taylor é um chick lit, daqueles bem leves, divertidos, de leitura fluida, ótimos para o período de fim de ano quando, a maioria das pessoas deseja colocar o pé no freio na loucura do dia a dia. Chik lit é uma subdivisão dos romances. Sim, na maioria das vezes há nele o romance romântico, mas seu foco principal é na trajetória da protagonista, geralmente uma mulher na casa dos 30 anos. Costumam ser romances divertidos, daqueles que agente logo pensa que poderiam ser comedias românticas, dessas despretensiosas que a gente assiste na “Sessão da Tarde”.

Lançado pela Bertrand Brasil em 2013, “Em Casa para o Natal” nos narra a história de Beth Prince, uma mulher que parece ter a vida ideal: faz parte daquele privilegiado grupo de pessoas que trabalha com o que gosta, no caso dela em um charmoso cinema independente e tem o namorado dos sonhos. Ela acredita estar nas nuvens, embora, ache que Aiden tem algum bloqueio emocional que o impede de dizer as tão sonhadas três palavras: “EU AMO VOCÊ”

Então decide ela mesma, dar um jeito na situação e se arrepende amargamente. A despeito do desmoronamento do seu relacionamento de conto de fadas, a vida resolve lhe pregar uma nova peça: o cinema em que trabalha há anos, foi comprado por uma grande rede de cinemas que fará um extenso processo seletivo para, eventualmente contratar os funcionários do antigo cinema independente que ela tanto ama. Beth, a princípio tem dúvidas se participará ou não desse processo, sobretudo depois de conhecer Matt “um homem diabolicamente encantador”…e que representa a cadeia multiplex que pretende comprar o simpático cinema.
E isso tudo ocorre em Dezembro, quando ela precisa decidir estar ou não “Em Casa para o Natal”


Por que ler? Porque a temática é leve e de fácil leitura. Porque a capa é linda, bem ao estilo das capas da Bertrand Brasil para seus títulos natalinos.
Porque a história é divertidíssima e promete bons momentos de bom humor.
Se você procura algo leve, mas não bobo para se preparar para a época de festas “Em Casa para o Natal”, é certamente uma boa pedida, indicada para jovens e experientes leitores.

Gostou? clique abaixo para comprar o livro.

“O Clube do Biscoito”

Chegou Dezembro e com ele o cheirinho de Natal!!!!
Falando em cheirinho, é metaforicamente possível sentir o deliciosos cheirinho de biscoitos natalinos entre as páginas de “O Clube do Biscoito”, de Ann Pearlman. Conheci esse livro no ano passado e não descansei enquanto não consegui comprar meu exemplar. Vale lembrar que, se você mora em Joinville, consegue encontrar o livro para empréstimo no acervo da Biblioteca Pública Municipal Prefeito Rolf Colin.

O livro, lançado no Brasil em 2011 pela Bertran Brasil, conta a história de 13 amigas que se reúnem todos os anos, na primeira segunda-feira de Dezembro. É uma tradição: cada uma deve levar um pacotinho de biscoito para cada uma das doze amigas e um a ser doado para uma instituição escolhida pelo grupo todos os anos; Junto do pacotinho de biscoitos, deve haver a receita do mesmo. Mas, neste ano, a reunião pode ficar comprometida por vários fatos distintos que podem abalar os alicerces dessa amizade construída com o tempo e “alinhavada” todo final de ano pelos doces biscoitos natalinos.

Talvez, até o final da obra seja possível compreender mais a fundo cada um desses acontecimentos. Em “O Clube do Biscoito”, encontramos uma receita de biscoito no início de cada capítulo e cada capítulo conta a história de uma das amigas e, de certa forma, sua relação com as demais.

Aqui você encontrará os dramas, as aventuras, os amores e os desejos de cada uma dessas mulheres. A leitura é indicada para leitores com mais de 16 anos. Não que haja alguma questão inapropriada, mas as temáticas em si e a linguagem são indicadas para leitores mais experientes.

Por que ler?

Porque a capa é um primor. De comer com os olhos. Porque encontramos nesse livro, treze histórias que são, ao mesmo tempo, individuais e coletivas, visto que direta ou indiretamente atingem também as demais Porque trata-se de uma leitura gostosa com a temática natalina, o que é um prato cheio para quem gosta dessa época do ano

Vale lembrar que é comum que a Bertrand Brasil lance no final do ano, um romance com temática natalina, embora para 2021, ainda não tenha anunciado nenhuma novidade…seguirei atenta. Ah, a diagramação desse livro é diferenciada em cada capítulo: começando pela receita sempre com uma fonte diferente..

Desejo que Marnie e suas amigas te ajudem a entrar “no clima natalino”, o que pode estar um tanto difícil nesses tempos sombrios, e que ao final da leitura, você também esteja com o coração quentinho e a vontade de preparar todas as receitas saindo das páginas do livro e invadindo sua cozinha…

Gostou? clique abaixo para comprar o livro.