“Tudo é Rio”

Sabe aquele livro que alguém fala: “Nossa, você TEM que ler esse livro!”? Então, foi assim que “Tudo é Rio” da mineira Carla Madeira veio parar na minha estante. Lançado em 2014 pela Editora Record Ltda, “Tudo é Rio” conta a envolvente, impactante e surpreendente história de um triângulo amoroso: o casal apaixonado Dalva e Venâncio e Lucy, a prostituta mais despudorada da cidade que vai se “intrometer” na vida do casal. Nesse ponto, a narrativa poderia virar um clichê, mas em momento algum a trama tende ao “lugar-comum”.

Dalva e Venâncio formam aquele casal “perfeito” que se ama, é fiel e deseja passar o resto da vida juntos, porém Lucy, não se conforma com o fato de Venâncio não a desejar e, em um determinado momento, um fato une inapelavelmente a vida dos três. A obra de estreia de Carla Madeira, é daquele tipo de narrativa que nos tira o fôlego e nos faz querer acompanhar a história até o fim, sem interrupções. “Tudo é Rio”, conta com 204 páginas e o fluxo da narrativa nos faz entender o título: a linguagem torna a história rápida como a correnteza de um rio, a trama é muito bem urdida e a velocidade com que, de repente, tudo acontece é realmente impactante.

Na orelha do livro, Martha Medeiros escreve: “(…) Carla dá até raiva na gente. Como assim, um livro de estreia tão potente, tão perfeito, tão pronto? Mas, diante da excelência não adianta esbravejar, manda a humildade que façamos a nossa parte: reverenciar e divulgar.”

Por que ler?

Porque é o livro de estreia de uma escritora que, ao que indica, veio pra ficar. Porque a obra é dividida em capítulos curtos, o que torna a leitura fluida.

Porque a linguagem é acessível sem ser banal. Porque a autora trabalha as cenas eróticas, narrando o explícito sem ser vulgar. E, por fim, porque você merece se surpreender com o desfecho da obra. “Tudo é Rio” foi uma grata surpresa que eu recomendo para corajosos leitores.

Em tempo, embora não haja indicação da editora, eu indicaria a obra para o público adulto.

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“Amora”

Lançado em 2015 pela não-editora, “Amora” foi escrito pela sul-riograndense Natália Borges Polesso e era um livro que eu já vinha “namorando” há algum tempo, mas por uma razão ou outra, sempre deixava sua aquisição para depois. Esse ano, uma a miga já havia separado seu exemplar para me emprestar, mas eu já havia comprado e aguardava chegar. Confesso que ele “furou a fila” passando na frente de outros livros que já aguardavam há mais tempo para serem lidos, mas não me arrependi.

O livro de 256 páginas reúne 33 contos da autora e pesquisadora, acerca do amor entre mulheres. Sim, “Amora” nos traz vários textos sobre o tema, desde a jovem que ainda não compreende exatamente a atração por uma pessoa do mesmo gênero, até o relacionamento maduro entre duas mulheres com netos. “Amora” traz narrativas fáceis de serem lidas, a linguagem é fluida e os textos, em sua maioria são leves. Indico “Amora” a todos, todas e todes que gostam de contos bem escritos independente de seu gênero ou orientação sexual, afinal, apesar da importante representatividade apresentada nos contos de Natalia, os enredos são cativantes e a leitura é rápida. 

Aliás, permitam-me aqui abrir um parêntese acerca do gênero conto. Eu particularmente gosto da fluidez na leitura dos contos, por serem textos mais curtos, mas engana-se quem julga que os contos são sempre textos de fácil leitura e compreensão. Alguns textos curtos podem disparar gatilhos importantes nos leitores. Tudo depende do repertório de cada leitor. Recomendo “Amora” para leitores maiores de 16 anos, que gostem de se aventurar por contos de amor, desamor, prazer…é a vida!

Por que ler?

Porque, sem querer julgar o livro pela capa, mas a capa em si já é um banquete para os olhos. Porque os contos são de fácil e rápida leitura. Porque é literatura brasileira de qualidade escrita por mulher. Porque fala do amor e o desejo entre mulheres e representatividade importa. Porque o livro foi o vencedor do Prêmio Jabuti 2016, categoria Contos.

Desejo que “Amora” também desperte sua curiosidade e que a leitura seja tão agradável para você quanto foi para mim.

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“Mel na Boca”

Em 2019, estava eu no meu habitual “garimpo” pelo setor em que trabalhava na Biblioteca Pública Municipal Prefeito Rolf Colin, o setor de Literatura Infantil e Infantojuvenil (o melhor de todos) quando vi a lombada desse livro.

É claro que, o que primeiro me saltou aos olhos foi o nome do escritor e ilustrador André Neves. André dispensa apresentações para qualquer amante da boa literatura infantil e infantojuvenil da atualidade, mas, se você não é habitual leitor desse gênero, saiba que André é um dos mais importantes escritores para pequenos e jovens leitores de nossos tempos. Pernambucano radicado em Porto Alegre/RS, André é dono de um traço inconfundível: mesmo quando ilustra obras de outros escritores, é possível saber que as imagens são de sua autoria.

Depois, com a obra em mãos, me chamou a atenção o título belíssimo e poético: “Mel na Boca”. Então abri e, despretensiosamente iniciei a leitura, sentada mesmo ali no puf em que me acomodei para “passear” entre as estantes do setor. Despretenciosamente iniciei a leitura, mas terminei profundamente emocionada.

“Mel na Boca” conta a história de Tino e seu avô. Tino passava as férias na casa dos avós entre sons tirados das panelas da cozinha da avó, da vitrola do avô, do jardim, da bicicleta e…do pintassilgo engaiolado em uma árvore do jardim. Tino adorava as férias, o tempo que compartilhava com o avô e a cumplicidade entre ambos. Sentia-se seguro com ele. Mas um fato importante muda a rotina gostosa e preguiçosa na cidadezinha em que passava férias.

E foi a consequência desse fato que, de repente, fez Tino perceber que “nada pode ser mais próximo que a verdade”. À partir dessa descoberta ocorre na trama um emocionante “rito de passagem” para Tino.

“Mel na Boca”, conta com 35 páginas lindamente escritas e ilustradas por André Neves. Foi lançado em 2014 pela Cortez Editora, numa belíssima edição de capa dura que é de encher os olhos de qualquer colecionador de boas histórias.

Espero que ela envolva e emocione a você como fez comigo que, ao final da leitura, fiquei mesmo com aquela gostosa sensação de mel na boca…foi quando tudo fez sentido!

Boa leitura!!!

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Ah, “O Matador”!!!!

Conheci essa história por intermédio de uma querida colega de trabalho. Confesso que, por conta própria, eu não leria um livro com esse título, tampouco indicaria para jovens leitores.
Nesse momento ouço a voz da consciência: “Carol, Carol, não julgue o livro pela capa (nem pelo título)!”
Escrito por Wander Piroli e ilustrado por Odilon Moraes, “O Matador” é uma impactante obra da literatura infanto-juvenil lançada pela extinta e saudosa editora Cosac Naify, em 2014.

É uma história sobre meninos e passarinhos, nos tempos em que havia quintais, ruas, esquinas, árvores e bodoques.
Uma narrativa belíssima e emocionante sobre como a cobrança por seguirmos um padrão preestabelecido pode ser danosa e cruel para uma pessoa, sobretudo, para uma criança. Uma história curta, contando com apenas 32 páginas, que nos mostra a potência da narrativa do escritor e jornalista mineiro, Wander Piroli. Um livro impossível de esquecer.
Tenho que ressaltar aqui que, recentemente, li o livro para pré adolescentes de 10 e 11 anos, e a reação foi um ensurdecedor silêncio ao final da narrativa, em sinal de que a história reverberava dentro deles.

Vale aqui ainda, ressaltar que a diagramação do livro é diferenciada. É como se o texto tivesse sido datilografado naquelas antigas máquinas de escrever, precursoras dos modernos computadores, notebooks e afins, dando a sensação de que lemos trechos de uma carta ou mesmo de um jornal impresso, nos remetendo ao tempo em que havia jornais impressos em todas as bancas de jornais e revistas. Aliás, nos remetendo a um tempo em que havia bancas de jornais e revistas, já que essas vem rareando junto com os produtos que vendiam.
Mas, voltando à obra, indico para jovens e nem tão jovens leitores sensíveis e desejo que ela reverbere em você como aconteceu comigo e com as turmas dos quintos anos.

Desejo ainda uma boa viagem para dentro do livro, para o passado, para longe, para dentro…eis o poder da boa literatura!

“Infinitos”

Escrito por Leo Cunha e ilustrado por Alexandre Rampazo, “Infinitos” praticamente “pulou” da estante da livraria, em um dos meus passeios- garimpos. Sempre acreditei na importância de passear pelas livrarias (ou pelos sites de livros, o que realmente é mais seguro em tempos de pandemia) e deixar-se invadir pelas capas, títulos, escritores/ilustradores, editoras e temáticas. Isso tudo faz parte de escolher boas histórias, mesmo fora daquelas mais conhecidas e indicadas.

“Infinitos” conta a bonita e afetuosa relação de Mariana com sua avó por quem ela sente um grande amor. Pela avó e por tudo que vem dela. Daí ela ter se encantado por aquele desenho estranho tatuado no pescoço da avó. Ao descobrir que se tratava do símbolo do infinito, uma dúvida surgiu à mente da curiosa Mariana: o que é infinito e o que pode ser maior que ele? Mais que esse questionamento, bastante comum entre as crianças, Mariana passou a “caçar infinitos” de todos os tipos, tamanhos e materiais. Quando podia, guardava, quando não era possível, fotografava para mostrar para a avó e de tanto caçar infinitos, Mariana toma uma importante decisão.

A obra é de uma delicadeza e sensibilidade ímpares. Emocionante, mesmo. E mais, tem cheiro de livro novo, pois foi lançada pela Editora Melhoramentos, em Março de 2021. A obra conta com 36 emocionantes páginas e, confesso, por razões bem pessoais, ela hoje faz mais sentido que no momento em que ela me encontrou, afinal, foi praticamente assim que a coisa se deu: a obra me escolheu.

Na orelha do livro já nos oferece um aperitivo: “A imaginação é parente do infinito”, Charles – Pierre Baudelaire, poeta francês (1821-1867).
Pensando em qual obra indicar para leitores já fluentes na arte das letras, li duas ou três obras para um querido amigo que disse: é difícil, todas são lindas e fazem sentido pra mim, mas “Infinitos” me pegou mais, nesse momento.

Então, a escolha dessa indicação é mais que especial porque não foi apenas minha, foi também de um afeto a quem respeito e tenho profunda admiração.

Por que ler?
Porque a obra conta com o sensível texto de Leo Cunha e a delicada e belíssima ilustração de Alexandre Rampazo.
Porque se trata de literatura infantojuvenil brasileira da melhor qualidade. Porque o livro trata da bonita e afetuosa relação entre avó e neta.
Porque estão presentes ali infinitas memórias tão comuns a todos nós.

Desse modo, esperamos (sim, eu e ele) que esse livro também desperte o seu interesse e que também cause arrepios e olhos marejados, porque é também para isso que serve a boa literatura!

“Tudo Bem ser Diferente”

Conheci “Tudo Bem ser Diferente”, escrito e ilustrado pelo californiano Todd Parr, por indicação de um atendente de uma livraria na qual eu contava histórias, durante um dos meus intermináveis “garimpos” pela loja. “Esse livro é bem bonito! Apareceu outro dia na novela.” Confesso que não acompanhava a tal novela, mas me encantei pela obra lançada no Brasil em 2008 pela Panda Books.

O livro de 32 páginas é mesmo uma graça e faz parte de uma série de livros no mesmo estilo lançados pelo autor, todos pela Panda Books. Os pequenos leitores, pequenos mesmo, da primeira infância que compreende dos 0 aos 5 anos, costumam gostar muito da obra. Pude comprovar isso nos anos que trabalhei como Contadora de Histórias na tal livraria onde encontrei o livro e mais tarde, através do interesse da Lara, minha sobrinha, hoje com pouco mais de dois anos e meio.

E eu explico. A obra é mesmo toda pensada para esse público: o livro é grande, as páginas em cores diferentes e vibrantes, o texto verbal todo escrito em caixa alta e as ilustrações (do escritor) com traços simples e cores vibrantes que fazem uma harmoniosa composição visual. Além disso, os temas abordados por Todd, são sempre interessantes e relevantes para o público a que se destina.

Em “Tudo Bem ser Diferente”, Todd trata da diversidade de modo amplo e irrestrito, como aliás, somos todos, no que tange a gênero, etnia, cultura, constituição familiar, religião e crenças, gostos, condições físicas e/ou intelectuais. O livro aborda o tema de maneira leve, envolvente e rápida. Há pouco texto verbal em cada página. Apenas o suficiente para prender a, às vezes pouca atenção, dos pequenos leitores, afinal geralmente, quanto menor a criança, menos seu tempo de concentração.

Por que ler?

Porque o livro tem toda uma proposta gráfica voltada para o público da primeira infância. Porque a temática é bastante relevante. Porque é um obra visualmente interessante Porque parte dos direitos autorais e dos valores da venda do livro foram doados pelo autor e pela Editora Panda Books para a Associação Pró-Hope Apoio à Criança com Câncer, com sede em São Paulo/SP. Porque já na primeira infância se pode começar a estimular nos pequenos o gosto e o habito pela leitura. 

Desejo que a criança que ouvir essa história se identifique e se divirta tanto quanto eu sempre me diverti mediando a leitura!

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“Acanhado – Teatro em Joinville durante a ditadura militar”

Foto: Jéssica Michels.

Será que houve ações de coação, perseguição e violência contra artistas em Joinville/SC, durante a Ditadura Militar? Há quem diga que não, mas o livro “Acanhado – Teatro em Joinville durante a ditadura militar”, lança luz à questão.
Escrito à partir de entrevistas realizadas pela escritora e jornalista joinvilense Tuane Roldão, o livro é uma publicação de 2014,realizada com o patrocínio da Prefeitura Municipal de Joinville e Fundação Cultural, por meio do Sistema Municipal de Desenvolvimento pela Cultura- SIMDEC, edição 2013.

Confesso que recebi o livro em mãos e li rapidamente, afinal o tema me interessa em particular. Terminei a leitura impactada e emocionada, pois na obra, li, conheci e reconheci relatos de artistas do teatro que eu conheço na vida real, porém, algumas dessas histórias eu só conhecia da literatura e das telenovelas e séries que tratam do período da ditadura militar no país. Foi cruel pensar que essas histórias aconteceram de verdade, com pessoas que conheço de verdade.

A obra possui texto com linguagem fluida, além de belas imagens produzidas por Carolinne Sagaz, Jéssica Michels e a própria Tuane Roldão. Dividido em três capítulos, conta com 131 páginas e, na minha opinião, é leitura obrigatória para professores, jornalistas, estudantes de história e aqueles que acompanham a história dos acontecimentos políticos e culturais no período da ditadura militar, especialmente em Joinville.

Em verdade, ouso mesmo dizer, que o livro é de leitura obrigatória também -e talvez, principalmente-, para os leitores que ainda hoje, insistem em afirmar que nunca houve Ditadura Militar em nosso país, e que “as intervenções foram um pedido da população, para resguardar o país dos atos de violência cometidos (apenas) por militantes e artistas que queriam entregar o país aos comunistas”.

Tuane conseguiu em sua escrita, relatar histórias reais sem, no entanto, “perder a medida”. O livro é muito bem escrito e merece a leitura atenta e despida de preconceitos.

Por que ler?
Porque a obra conta parte importante (e quase esquecida) da história de Joinville e da história do teatro em Joinville.
E porque as entrevistas são emocionantes e talvez você, que mora ou conhece a cidade, identifique alguns cenários e mesmo alguns “personagens” como Edgard e Lucia Schatzmann, Hélio Muniz, Cristóvão Petry, Borges de Garuva e Maikon Duarte.

Se você quiser ler a obra -e eu realmente desejo que você queira- pode encontra-la para empréstimo nas Bibliotecas Públicas de Joinville, para aquisição na Livraria O Sebo, ou diretamente com a escritora nas redes sociais Tuane Roldão e @tuaaneroldão.

Desejo aos corajosos leitores uma boa viagem ao passado para que, conhecendo a história, não permitamos que ela se repita.

“Os Números do Amor”

Adquiri “Os Números do Amor”, da autora Helen Hoang, de tanto ler e assistir indicações. Adquiri, mas não comecei a ler logo de cara, afinal, não sei vocês, mas “leitura atrasada” é o que não me falta. Costumo brincar que meus livros estão pegando senha pra serem “o próximo da lista” e a minha lista dos desejos só faz crescer…
Bem, o fato é que eu estava lendo outra coisa quando meu exemplar chegou e como a protagonista desse livro, assim como a escritora da obra tem Síndrome de Ásperger (uma variação do autismo), emprestei o livro (antes mesmo de ler) a uma amiga que é mãe de criança autista e é extremamente dedicada e estudiosa do tema. Ela leu muito rapidamente o livro de 279 páginas, publicado pela Editora Paralela no Brasil em 2018 e disse “nossa, é bem assim mesmo!!!”

O livro conta a história de Stella, mulher de 30 anos, brilhante analista de dados, profissional exemplar, porém com um problema: não conseguia relacionar-se com ninguém. E foi quando seus pais começaram a cobrar um neto, depois de alguns poucos relacionamentos ruins que Stella decide contratar um acompanhante profissional para ensina-la, não apenas sobre sexo, mas também sobre relacionamento interpessoal.

O livro é uma deliciosa e divertida comédia romântica, quase “Uma Linda Mulher” às avessas e seria mais um romance clichê, desses que nos deixam com o “coração quentinho”, não fosse pelo detalhe da protagonista ter Síndrome de Ásperger. Eu, particularmente, nunca havia lido nada igual e as passagens em que Stella se preocupa em não sair da rotina são, ao mesmo tempo engraçadas e angustiantes.

A linguagem é fluida e a leitura é rápida e para mim, deixou aquele impasse: terminar logo porque é bom ou demorar mais um pouco porque é bom? Quem nunca…? É bom que se esclareça, o livro possui conteúdo adulto, mas as “pimentinhas” são completamente conectadas ao contexto da trama.

Por que ler?

Porque a capa é linda!
Porque o livro é leve e divertido, ao mesmo tempo em que nos leva a refletir sobre uma realidade que, se você não tem contato com nenhum autista ou ásperger, é diferente da realidade com a qual se costuma lidar. Porque há uma história por trás do protagonista masculino que, diga-se de passagem é um homem não- branco. Porque a escritora foi diagnosticada com a síndrome já na vida adulta e isso serviu de inspiração para que ela escrevesse o livro.
E, finalmente, porque se você gosta de romances, vais se apaixonar pelo casal protagonista.

Boa leitura!

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“Mariana”

Você tem um escritor do coração? Eu tenho alguns, mas Pedro Bandeira, certamente foi o autor da minha adolescência. Li muita coisa do autor no decorrer da vida e hoje, mesmo não sendo mais criança, nem adolescente, ainda gosto e recomendo sua obra.
“Mariana” é uma dessas obras com as quais tenho uma ligação afetiva.

O livro foi lançado pela Editora Ática e a minha edição é de 1996 e pode ser lido em uma “sentada”. Trata-se de Literatura Infantojuvenil brasileira da melhor qualidade e conta com apenas 87 páginas.

“Mariana” conta a história da personagem que dá título ao livro. Uma típica adolescente de 14 anos. Criada somente pela mãe, Mariana inventa muitas histórias para ser aceita nos grupos de meninas na escola em que estuda.

A menina nutre uma amizade sincera e de longa data pelo vizinho Jorge Luís, dois anos mais velho criado junto com ela, como se fosse um irmão mais velho. Mas apesar de serem grandes amigos, nem todos os segredos são partilhados: Jorginho não sabe, por exemplo, que Mariana mente a respeito de uma avó rica, da menstruação e de um imaginário namorado que está fazendo intercâmbio nos Estados Unidos. Não sabe, mas descobrirá…

Mariana, tem uma vida boa, mas modesta. Mora com a mãe que trabalha longas horas para poder sustentar a si e à filha e, para o ano em que a obra foi escrita, esse já era um tema polêmico e importante de ser retratado na literatura infantojuvenil: pais separados, mãe solo…uma realidade cada vez mais comum em nosso dia a dia, mas que em “Mariana”, é tratado com muita sensibilidade por Pedro Bandeira.

É claro que, como é peculiar na obra de Padro Bandeira, “Mariana” trará ao leitor uma história cheia de aventuras, descobertas e reviravoltas, mas com aquele final clichê que muita gente gosta… bem, eu sou uma das que gosta e você?

Por que ler?

“Mariana”, apesar de ser uma obra lançada na década de 90, não “saiu de moda” ao tratar de temas relevantes para o público a que se destina: os adolescentes. 

Agora, se você não tem mais 13, 14, 15 aninhos mas gosta da boa literatura infantojuvenil brasileira, não pode deixa de conhecer Mariana, Jorginho, Clarice e suas amigas de escola.

Venha sentir-se outa vez adolescente!
Garanto que a viagem valerá a pena!

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“E pro teatro, não vai nada?”

E pro teatro, não vai nada?
Vai, sim, porque nem só de prosa vivem as nossas leituras de cada dia…

O paulista radicado em Joinville, Jura Arruda estreou como dramaturgo (escrevendo textos para teatro) em 1996 com a peça infantil “Quem Roubou Minha Infância que Estava Aqui?” e desde então já escreveu 11 peças com destaque para “Uma Festa para Eulália”, encenada pelo extinto Grupo de Teatro Novo Tempo, composto por servidores públicos municipais aposentados.

O livro “Nós (e um laço)”, foi lançado em 2019 pela Editora Areia, com o patrocínio do Sistema Municipal de Desenvolvimento pela Cultura – SIMDEC, Secretaria De Cultura e Turismo – SECULT e Prefeitura de Joinville e traz em seu corpo o texto da peça teatral na íntegra, além de entrevista com o dramaturgo Jura Arruda, com o diretor da montagem Lucas David, a atriz Juliana Yara Araújo que, ao lado de Jonas Raitz, interpretou Ornella a protagonista da trama homônima ao livro e um texto da psicóloga também paulista radicada em Joinville, Lili Zacharia, falando sobre os aspectos psicológicos do texto.

Além disso, o livro conta com foto de capa de Dante Bejarano, e belíssimas fotos do espetáculo, na parte interna do livro, assinadas por Dante Bejarano e Vanderleia Macarossi e ao, final a surpresa: duas receitas. E explico: o protagonista masculino do texto é Edvaldo, um cheff de cozinha que sonha em viver um grande amor e o encontra (ou não????) ao lado de Ornella, dsigner de moda, independente que sonha em ter a própria grife.
O livro tem apenas 96 páginas e, pelo fato de ser uma dramaturgia conta com muitos diálogos, o que torna a leitura rápida e agradável.

Para quem assistiu a montagem, é impossível não se “transportar” novamente para a plateia do Teatro ao ler as cenas e se deliciar com as fotos da montagem.

Para quem perdeu essa oportunidade, a leitura do texto já é o bastante: a linguagem proposta por Jura prende a atenção e o interesse do leitor do início ao fim da trama.
Por que ler?
Porque se trata de um texto de dramaturgia (para teatro) que ainda é pouco difundida entre os leitores. Porque é uma produção local de qualidade. E porque, pra quem gosta de uma boa trama de amor (e desamor?), é uma delícia acompanhar a história de um casal, certo?

Se você quiser adquirir o livro, é possível encontra-lo na Livraria O Sebo, no centro de Joinville, através da Editora Areia www.editoraareia.com.br ou editora@areia.com.br ou talvez, com o próprio dramaturgo no @juraarruda_escritor e quem sabe ter a oportunidade de adquirir o seu exemplar autografado, como o meu, por sinal.

Se você gosta de se aventurar pelo desconhecido ou pouco explorado (no caso uma dramaturgia) e/ou de histórias de amor, certamente vai gostar de ler “Nós (e um laço)

Desejo que a leitura seja para você, gostosa como foi para mim!