Oh, Céus! – exposição de Silvana Pohl no Garten

Nesta quinta-feira, 18 de outubro às 20 horas, no  Garten Shopping  recebe a mostra intitulada “Oh, Céus!”, da artista visual, Silvana Pohl que apresenta ao público seu trabalho através de 19 aquarelas em que o tema de sua pesquisa está sempre direcionado para a cor, beleza e enigma dos céus.  A exposição conta com a curadoria de Marc Engler e ficará aberta até o dia 06 de novembro.

Oh, Céus é a 12ª mostra individual de Silvana, a 1ª foi em julho de 2010 quando expôs na Secretaria Municipal de Educação, a artista apresentou seus trabalhos também na Biblioteca Pública, no Centro Cultural Brasil Estados Unidos e na Casa da Memória, além de diversas coletivas. Em maio a artista participou da Exposição Internacional FabrianoInAcquarello, em Fabriano, Itália. Silvana Pohl faz parte da Associação dos Artistas Plásticos de Joinville AAPLAJ desde 2017.

Estudou aquarela com Asta dos Reis de 2005 a 2008, curso de Desenho e Pintura na Casa da Cultura 2012 a 2014. Continua seus estudos como autodidata.  Busca referências e admira os trabalhos de grandes mestre da aquarela, no Brasil,  Marcos Beccari, Renato Palmuti, Antonio Giacomin, Ari de Góes Jr.  Nos EUA, Ali Cavanagh, Marney Ward, Jeannie Vodden, Heidi Parrinello, Thomas Schaller. Na Europa e Oriente, Mitko Yankov, Igor Sava, Igor Mosiychuk, Adisorn Pornsirikarn, Carol Carter, Anna Hammer, Nesta Musial-Tomasewska, Berhard Vogel, Elke Memmler, Shirley Trevena,  Viktoria Prischedko, You Mee Park, Milind Mulick, Endre Penovac e John Lovett, Ilustrou capas de dois livros da poetisa joinvilense Rita de Cássia Alves – “Ensaio de Pétalas” e “Pele Submersa” e ilustra o novo livro de Lair Bernardoni. Silvana compartilha seus conhecimentos da técnica da aquarela com seus alunos em seu atelier particular.

Sem dúvidas, é uma artista de muitos talentos que já é figura carimbada no nosso site, e por isso mesmo, decidimos fazer um “bate e volta” de perguntas e respostas com a DIVA da aquarela joinvilense, confere aí!

ARTE NA CUCA – COMO VOCÊ DECIDIU SER UMA ARTISTA AQUARELISTA?

SILVANA POHL – Desde a infância, sempre gostei de desenhar e pintar. Mas só me dei conta da aquarela como forma de expressão em fins dos anos 90, em especial por sua funcionalidade. Ainda não tinha consciência da técnica com sua valorização pela transparência. No início de 2000 fiz alguns anos de aulas com Asta dos Reis com quem comecei a aprender os princípios. Mas foram os anos de prática, meus estudos como autodidata, os cursos com mestres dessa arte e meu papel como instrutora que me tornaram mais conscientes dessa técnica difícil, mas fascinante por sua imprevisibilidade. O papel, a água e o pigmento são meus parceiros de trabalho e, muitas vezes, comandam os resultados.

ARTE NA CUCA – O QUE TE INSPIRA PARA PRODUZIR UM NOVO TRABALHO ARTÍSTICO? 

SILVANA POHL – São muitas ou poucas coisas.  Depende da perspectiva da qual se observa. Pode ser uma teia de aranha, uma folha descolorida caída no quintal, um “esqueleto” de folha que se decompõe, um inseto, a harmonia de cores de uma flor, a incidência da luz sobre uma paisagem ou um objeto. Os céus de Joinville! Essa é a magia de viver… a magia do olhar. Tem que ter olhos pra ver!

 

QUANDO: Abertura 18 de outubro às 20 horas. Visitação até 06 de novembro, de domingo a domingo, das 10 às 22 horas
QUANTO: entrada gratuita
ONDE: Garten Shopping – av. Rolf Wiest, 333, no Bom Retiro, em Joinville

Exposição de Rosi Costa traduz o feminino em paisagens

A artista visual Rosi Costa inaugura a exposição Durante o trajeto no Garten Shopping de Joinville no dia 13 de setembro, quinta-feira. A mostra pode ser vistada gratuitamente até o dia 17 de outubro e reúne onze telas com pinturas que representam a subida do Morro do Boa Vista em direção ao mirante.

Conhecida por suas pinturas de orientação figurativa, mas também por trabalhos de abordagem contemporânea com objetos, performances e instalações, a produção artística de Rosi Costa costuma propor reflexões a respeito do universo feminino e leituras críticas sobre o papel da mulher na sociedade. A ênfase em paisagens dada pela exposição Durante o trajeto é uma versão livre dessa mesma temática, inspirada por Winnie, personagem parcialmente enterrada na peça de teatro Dias felizes, escrita por Samuel Beckett. Das onze telas apresentadas no Garten, dez compõem cinco duplas que se aproximam formalmente com pinceladas, tonalidades e texturas semelhantes.

Além de artista filiada à Associação de Artistas Plásticos de Joinville (AAPLAJ), Rosi Costa é professora de pintura, de desenho e de técnicas sobre tela. Graduada em Pedagogia e em Artes Visuais, tem pós-graduação em Metodologia do Ensino da Arte e atua desde 2001 no processo de orientação de trabalhos em arte no seu ateliê em Joinville. Suas primeiras participações em exposições coletivas datam de 2012, embora a artista também tenha feito pequenas mostras individuais em espaços não oficiais.

Por e-mail, a artista falou ao ARTE NA CUCA sobre seus temas, sobre sua trajetória e sobre a sua motivação para montar a exposição Durante o trajeto.

Foto: Gleber Pieniz

Durante o trajeto é tua primeira exposição individual. Por que escolheste este grupo de trabalhos para expor e uma sala de shopping center para fazer a tua estreia?

Embora nos últimos anos eu esteja participando de muitas exposições coletivas, há uns anos atrás já fiz exposições individuais na cidade: Câmara de Vereadores, shoppings, biblioteca pública municipal, Faculdade Cenecista de Joinville e Detran. Joinville carece de espaços para exposições e a AAPLAJ em parceria com o Garten Shopping vem valorizando e abrindo esse espaço para que os artistas da cidade tenham a oportunidade de apresentar suas produções. Penso que esse apoio à classe artística merece o retorno dos artistas, levar a arte para espaços públicos e apresentar à sociedade a arte que se produz aqui.

Tua poética ja é conhecida pelas formas figurativas, pelo tema da mulher e pela leitura crítica do universo feminino. Como estas paisagens dialogam com a tua produção habitual? Como esta exposição se encaixa na exploração da tua temática, no desenvolvimento da tua pesquisa?

Inspirada na peça de teatro Dias felizes de Samuel Beckett, onde uma mulher fica presa em um morro, comecei a fazer esse diálogo com minha poética pensando nas montanhas que impedem as mulheres de buscarem serem felizes. No final do ano passado realizei na subida do morro do mirante uma intervenção artística com interação das pessoas que circulavam ali. Como esse espaço me transmite uma meditação ativa e uma reflexão sobre a minha pesquisa, representei essas subidas, curvas e sensações em pinceladas, cores, luz e formas.

Foto: Gleber Pieniz

A pintura é tua forma expressiva mais familiar, embora você tenha se destacado em exposições coletivas com trabalhos híbridos de abordagem contemporânea. Como se dá esse trânsito entre um e outro enfoque na tua arte?

Gosto de me expressar em muitas linguagens. O universo feminino e as reflexões em torno dele me fazem ora querer me expressar de uma forma, ora de outra forma, fluindo de uma para outra abordagem sem conflitos, porque a base poética é sempre a mesma.

Ainda que representem um mesmo lugar e um mesmo ponto de vista, as telas desta exposição se agrupam em pequenos conjuntos que diferem entre si na forma, na cor e no gesto. Como isso acontece na tua pintura?

É interessante que quando se sobe o morro do Boa Vista em direção ao mirante, cada curva surpreende de maneira nova. Na verdade são vários pontos de vista, a próxima curva é diferente da anterior, e essa percepção está representada nas pinturas a partir de pinceladas e cores diferentes. Sou muito intuitiva e ágil no processo e no gesto pictórico, é uma característica pessoal e essa característica fez com eu tivesse que me conter e repensar. Quando me dedicava à pintura dessa série, pintava duas telas de cada vez e esse resultado se percebe claramente observando o conjunto dos trabalhos. Procurava dar esse tempo e me dedicar a outros processos da minha produção e depois retornar para conseguir essa expressividade.

DIA: 13 de setembro
HORÁRIO: 20 horas
VISITAÇÃO: até 17 de outubro, de domingo a domingo, das 10 às 22 horas
CUSTO: entrada gratuita
LOCALIZAÇÃO: Garten Shopping – av. Rolf Wiest, 333, no Bom Retiro, em Joinville