Skip to content

Quem me conhece, sabe que não sou muito afeita a ler os títulos mais vendidos ou sucessos em redes como Tik Tok, Instagram ou YouTube, embora siga canais literários em várias redes. O que quero dizer é: gosto de gostar (ou não) por minha conta e risco e confesso que tenho um pouquinho de preconceito com as unanimidades.

Porém, “paguei a língua” quando li o recém lançado “Marketing do Amor”, romance de estreia do paulistano Renato Ritto.

Lançado pela editora Intrínseca, o romance com 526 páginas, narra a história de Thiago e Vadimir, ou Vlado, como gosta de ser chamado.

Vlado é um estrangeiro recém chegado ao Brasil. Thiago tem uma família intrometida e uma série de traumas e inseguranças por causa da sua aparência.

Um dia, o improvável acontece: eles se conhecem na Festa Junina organizada pela mãe de Thiago para todos os vizinhos do bairro e, como se fosse inevitável, eles ficam nessa festa. Thiago fica encantado com Vlado. Vlado fica encantado com Thiago. Eles marcam um encontro para uma noite da semana seguinte.

Thiago vive com sua amiga Nicole. Ambos trabalham em uma agência publicitária que acaba de ser vendida para uma grande multinacional e sim, eles descobrem que Vlado está no Brasil porque trabalha na multinacional e mais, é chefe de Thiago.

É claro que, à partir daí, o romance vira uma comédia de encontros e desencontros que torna impossível largar o livro. Além disso, ele tem uma diagramação super diferente. É todinho escrito em e-mails, mensagens de WhatsApp, conversas entre jogadores on-line, mensagens e stories do Instagran, o que torna a 

leitura muito rápida, apesar de suas mais de 500 páginas.

Penso que o livro conversa muito bem com o público jovem a que se destina prioritariamente, mas aborda questões importante como homofobia e gordofobia no ambiente corporativo e o quanto isso pode acarretar de prejuízo a quem sofre tais preconceitos.

Achei o livro uma delícia!

Gargalhei de verdade em algumas partes, até por identificação, senti raiva nos episódios de gordofobia e fiquei emocionada com seu desfecho clichê, bem do jeito que a gente gosta.

Apesar disso, ao meu ver, o livro não é “perfeito”. Achei algumas atitudes de um dos protagonistas um tanto imaturas e até um pouco “chatinhas”, mesmo assim gostei muito da leitura e recomendo não apenas para jovens leitores, mas também para os mais experientes.

Em tempo, entrei em contato com o escritor que por sinal, foi super acessível e disse a ele o quanto achava importante que seu livro fosse lido não apenas por jovens ou pessoas da comunidade LGBTQIA+, mas também e talvez principalmente, por aqueles que não conseguem enxergar nada fora de suas bolhas.


Espero que você também tenha vontade de ler e que se divirta e se emocione tanto quanto eu.

Boa leitura!

Nos siga nas redes sociais

Pular para o conteúdo