Adquiri “Os Números do Amor”, da autora Helen Hoang, de tanto ler e assistir indicações. Adquiri, mas não comecei a ler logo de cara, afinal, não sei vocês, mas “leitura atrasada” é o que não me falta. Costumo brincar que meus livros estão pegando senha pra serem “o próximo da lista” e a minha lista dos desejos só faz crescer…
Bem, o fato é que eu estava lendo outra coisa quando meu exemplar chegou e como a protagonista desse livro, assim como a escritora da obra tem Síndrome de Ásperger (uma variação do autismo), emprestei o livro (antes mesmo de ler) a uma amiga que é mãe de criança autista e é extremamente dedicada e estudiosa do tema. Ela leu muito rapidamente o livro de 279 páginas, publicado pela Editora Paralela no Brasil em 2018 e disse “nossa, é bem assim mesmo!!!”
O livro conta a história de Stella, mulher de 30 anos, brilhante analista de dados, profissional exemplar, porém com um problema: não conseguia relacionar-se com ninguém. E foi quando seus pais começaram a cobrar um neto, depois de alguns poucos relacionamentos ruins que Stella decide contratar um acompanhante profissional para ensina-la, não apenas sobre sexo, mas também sobre relacionamento interpessoal.
O livro é uma deliciosa e divertida comédia romântica, quase “Uma Linda Mulher” às avessas e seria mais um romance clichê, desses que nos deixam com o “coração quentinho”, não fosse pelo detalhe da protagonista ter Síndrome de Ásperger. Eu, particularmente, nunca havia lido nada igual e as passagens em que Stella se preocupa em não sair da rotina são, ao mesmo tempo engraçadas e angustiantes.
A linguagem é fluida e a leitura é rápida e para mim, deixou aquele impasse: terminar logo porque é bom ou demorar mais um pouco porque é bom? Quem nunca…? É bom que se esclareça, o livro possui conteúdo adulto, mas as “pimentinhas” são completamente conectadas ao contexto da trama.
Por que ler?
Porque a capa é linda!
Porque o livro é leve e divertido, ao mesmo tempo em que nos leva a refletir sobre uma realidade que, se você não tem contato com nenhum autista ou ásperger, é diferente da realidade com a qual se costuma lidar. Porque há uma história por trás do protagonista masculino que, diga-se de passagem é um homem não- branco. Porque a escritora foi diagnosticada com a síndrome já na vida adulta e isso serviu de inspiração para que ela escrevesse o livro.
E, finalmente, porque se você gosta de romances, vais se apaixonar pelo casal protagonista.
Boa leitura!
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