ANC entrevista: Rosi Costa

Rosi Costa é artista visual muito atuante no circuito artístico de Joinville. Além de produzir seus trabalhos e desempenhar o papel de esposa e mãe, encontra tempo para exercer a profissão de professora de arte em seu ateliê. Em suas aulas, Rosi não ensina somente a técnica, mas busca criar relações de amizade com seus alunos e por meio da arte estabelecer conexões que promovam a busca pelo autoconhecimento.
O ANC esteve no ateliê da artista e bateu um papo bem interessante sobre processo de criação, pesquisa e fazer artístico, além de dar uma espiadinha no que ela anda produzindo para novas exposições. O resultado você confere a seguir.

ANC: Você possui formação acadêmica em arte?
ROSI: Minha primeira formação foi em pedagogia, quando já lecionava, decidi fazer o curso superior em artes visuais, mas antes disso já havia feito aulas na Casa da Cultura Fausto Rocha Júnior e por último fiz pós-graduação em arte-educação. Mas acredito que meu trabalho como artista se dá não apenas pela minha formação acadêmica e sim pelo fato de que estou sempre buscando, me aperfeiçoando e me questionando sobre meu próprio fazer artístico.

ANC: Como foi seu primeiro contato com as artes?
ROSI: Quando comecei, foi através da pintura. No princípio não tinha nenhum objetivo, foi mais por hobby, pensei que eu nem tinha talento para tal atividade, mas à medida que ia produzindo, comecei a gostar e descobri na pintura uma verdadeira paixão.
Depois dos primeiros anos me dedicando a pintura, comecei a refletir e descobri que o que sabia era pouco e fui buscar mais conhecimento sobre o assunto, iniciando um curso de pintura na casa da cultura, onde aprendi muitas técnicas, porém, o que mais me interessava nas aulas da casa da cultura era me libertar do estilo acadêmico pois minha primeira professora ensinava muito o acadêmico.
Mesmo gostando muito do curso da casa da cultura, que me ajudou a ampliar meu jeito de pintar e me expressar, sentia que ainda não era o suficiente e que algo faltava dentro de mim. Fui pesquisando, me aperfeiçoando e buscando interagir mais com outros artistas, com o objetivo de encontrar um determinado rumo e o encontrei a partir do símbolo da bolsa (bolsa feminina) e tudo o que ela representa para mim.

ANC: Aproveitando seu comentário, conta pra nós qual sua relação com a bolsa?
ROSI: Tudo teve início a partir do meu contato com as alunas do meu ateliê e nossas trocas a respeito da mulher e seu lugar na sociedade. Comecei a perceber que esse era um tema que me deixava inquieta, principalmente sobre os sofrimentos internos, o que cada uma delas acaba passando sozinha, coisas que as pessoas não entendem e que a própria mulher tem dificuldades em resolver. Quando comecei a pesquisar o tema mais a fundo, li que o objeto bolsa, para a mulher é como se fosse uma extensão de seu próprio corpo, pois carregamos tudo o que julgamos ser necessário, é um porto seguro.
Nós mulheres, carregamos a menina que fomos, a jovem os nossos sentimentos, nossos sonhos as nossas saudades, decepções e etc… Então a bolsa para mim não é somente um objeto ou um acessório comum e sim o arquétipo do meu interior.

ANC: Você já realizou alguma exposição que discutisse apenas a relação da mulher com a bolsa?
ROSI: Ainda não fiz nenhuma do jeito que eu queria. Comecei a pensar em algo apenas sobre as bolsas e que contaria com obras interativas, oficinas e até cheguei a escrever um projeto para ocupar os dois espaços expositivos da Associação dos Artistas Plásticos de Joinville, encaminhei com o intuito de realiza-la em Outubro (2018), mas recebi a notícia de que serei avó, então decidi esperar e curtir meu neto ou neta, ao mesmo tempo que amadureço ainda mais a ideia.

ANC: Você pretende explorar novas possibilidades de trabalhos artísticos para além da pintura em tela?
ROSI: Sim, estou muito em busca disso. Comecei no ano passado com uma intervenção que me possibilitou ter uma interação maior com o público e a partir dela, já estou pensando em novos projetos que contam ainda mais com a interação daqueles que entendemos como apenas observadores. Meu pensamento começa a mudar a respeito dessa questão quando inicio outros cursos voltados principalmente para a arte contemporânea e também na troca de ideias com outros amigos artistas e integrantes da AAPLAJ. É um processo de busca, de constante aperfeiçoamento e desejo em testar diferentes materiais e possibilidades para além da pintura.

ANC: Além de ser artista, desempenha outra função dedicada as artes? (Professora, curadora, gestora cultural e etc).
ROSI: A minha atuação é como artista visual e como professora, mas comecei a experimentar novas possibilidades, outras linguagens porque senti que a pintura já não dava mais conta de expressar tudo o que eu gostaria. Estou com muitos projetos que pretendo colocar em prática em breve e um deles é em parceria com uma amiga psicóloga e diz respeito ao desenvolvimento de oficinas para mulheres que enfrentam situações de sofrimento interior e está fundamentado em princípios da arte-educação e da arteterapia.

ANC: Qual a linguagem mais utilizada na produção de seus trabalhos artísticos?
ROSI: Eu amo a pintura, amo o cavalete e além da pintura trabalho com recorte e colagem, mas percebo que a arte contemporânea possibilita com que me expresse muito mais. Dei início a proposta voltadas para a performance e intervenções e estou gostando muito. Por um certo tempo, sentia um aperto no peito, vontade de gritar algo que nem eu mesma sabia o que era. Acredito que o fato de me expressar utilizando outros materiais me trouxe a liberdade que precisava para superar meus limites como artista.

ANC: Como (se for possível) você definiria sua poética?
ROSI: Sempre penso a minha poética como autoconhecimento e autoexpressão. Estou sempre através dela me expressando, mas ao mesmo tempo me conhecendo. Percebo que estou em uma fase de transição, pois até um determinado ponto da minha pesquisa, eu ficava conversando com mulheres, pesquisando sobre mulheres, falando das mulheres e não sabia por qual motivo. Até que chegou em um certo momento em que acabei percebendo que essa minha atitude era um reflexo da minha própria busca interior. Estava olhando para ela na esperança de me encontrar, mas hoje entendo que não estou apenas em busca de mim, mas talvez eu esteja em uma espécie de missão para ajudar outras mulheres.

ANC: Quando você decidiu ministrar aulas de pintura no seu ateliê?
ROSI: Comecei minhas atividades como professora de ateliê antes de iniciar minha produção como artista. Eu já pintava há alguns anos e estudei pintura durante dez anos antes de dar aulas. Existia em mim o desejo de ensinar, mas nunca me sentia preparada. O que me motivou a dar o primeiro passo foi a vontade de ter um emprego em que eu pudesse estar perto dos meus filhos e também por ter uma professora que apesar de não ter tanto domínio sobre o que estava disposta a ensinar, tinha muita coragem para encarar o desafio e buscar sempre mais. Foi aí que decidi tentar e descobri que estava preparada e isso já faz dezesseis anos.

ANC: Em que dias da semana acontecem as aulas? Como você ensina seus alunos?
ROSI: As aulas são ministradas as segundas e terças no período da tarde e da noite. Eu me vejo como uma orientadora das habilidades das pessoas, porque se ela tem interesse e vontade não existe nada que não consiga aprender. Não começo as aulas com teoria e sim a partir da prática e através da prática vou ensinando a teoria, tudo depende do momento de cada aluno. Ensino a técnica, mas não me fecho somente nela e estou sempre trazendo exemplos, artistas dando abertura e possibilidade para que cada um desenvolva seu próprio estilo e sua criação e encontre seu próprio caminho, sempre instigando o pensamento e o autoconhecimento.

Sobre as aulas:

Aulas de pintura em tela
Professora: Rosi Costa
Horário: Segundas e terças 3h/aula (vespertino e noturno)
Valor: R$95,00 mensais
Contato: (47) 9668-1691
*Turmas de no máximo 07 alunos

O que é trabalho de criatividade, o que é hobby e o que é arte?

Pensando no que escrever para compartilhar com os leitores do ANC, me deparei com o rascunho de um projeto da Maria Eduarda, aluna do 1º ano do ensino médio da escola que fiz estágio em 2017.

Meu trabalho de conclusão de estágio tinha como principal objetivo, estimular a criatividade e o pensamento reflexivo a partir da elaboração de uma “máquina impossível” e por meio delas, despertar ideias, discussões, pesquisas e possibilidades de criar um protótipo do que poderia vir a ser construído – mesmo que essa produção não fosse algo possível de executar dentro do nosso contexto. A provocação que deu início a esse projeto compartilhado com os alunos, partiu das observações e pesquisas a respeito das obras e biografia do artista Rogério Negrão e que compunham a exposição “Máquinas do Abismo” (2017).

Finalizada a experiência da docência e da graduação, em dezembro de 2017, hoje (04/04/2018), vasculhando algumas agendas, encontro  uma das etapas do que desenvolvemos em sala de aula: Escrever sobre nossas ideias, colocar no papel o que queríamos materializar em um trabalho de criatividade  e assim, tentar encontrar soluções para possíveis problemas que poderiam vir a surgir durante o processo de criação e de construção de nossas máquinas.

Maria Eduarda (aluna a quem me refiro no início do texto), decidiu criar uma máquina que batizou de “Endorfina – hormônio da felicidade”. Na folha em que os alunos deveriam desenvolver o rascunho de seus projetos, havia um campo para descrever o modo de funcionamento de suas criações, local em que a menina nos dá as seguintes instruções:

“Você irá entrar dentro de uma sala que terá um sofá de frente para uma TV que passará alguns vídeos e frases que vão estimular o cérebro a produzir os hormônios da felicidade que são a endorfina, a oxitocina, dopamina e a serotonina.”

No momento em que eu pude reler esse pequeno texto, surgiu-me a seguinte pergunta: “Será que chegamos ao ponto de precisarmos criar uma máquina para produzir felicidade instantânea?”. – Na verdade essa falsa sensação de felicidade já existe e é alimentada com a ajuda de medicamentos sintéticos, redes sociais, televisão, consumismo e diversos outros meios nada saudáveis e que mascaram as dificuldade que temos em enfrentar nossas realidades.

A proposta que incentivou a criação das máquinas, refletiu não apenas no trabalho dessa aluna mas em vários outros, onde é possível observar as consequências da vida moderna. O mais interessante é perceber que através da arte podemos acessar e dar significado as diversas questões adormecidas em nosso interior, como a angústia e a tristeza, sentimentos proibidos em um mundo em que nos escondemos atrás de falsos sorrisos.

Porém, quem já ouviu falar que a arte liberta? Nos liberta de quem somos e de nossas angústias, sofrimentos, medos, frustrações. A arte nos faz poder o impossível, conceber o inconcebível. Mas na realidade em que vivemos, com tantas crises financeiras  e inseguranças, qual a possibilidade de verdadeiramente vivermos a arte e de arte, para além do que nos é apresentado na escola? Como alcançar a realização profissional sem precisar contar com uma “máquina da alegria”?

Essas são perguntas difíceis de responder, mesmo assim, levanto aqui algumas provocações a respeito de uma palavra que num primeiro momento, não parece estar relacionada com a arte, porém, está sim muito presente na dinâmica daqueles que se dedicam à literalmente viver de arte e entrar em seu amplo e complexo sistema – DISCIPLINA.

Disciplina é o que diferencia de imediato o trabalho artístico proposto por um artista de fato, do trabalho de criatividade proposto por uma aluna no 1º ano do ensino médio. Não quer dizer que o trabalho criativo da aluna não tem o seu valor, mas ainda está longe da maturidade técnica e conceitual que um artista precisa ter para alcançar o status de Arte.

O artista que encara sua produção como um trabalho sério e comprometido, pesquisando, criando e problematizando-a, aumentam muito suas chances  de se tornar bem sucedido dentro do circuito artístico da cidade e do próprio sistema. Uma coisa é certa: Não existe receita pronta e é preciso enfrentar com determinação e coragem as adversidades e os caminhos tortuosos da profissão. É preciso estudar, se qualificar cada vez mais e mais, visitar museus, exposições, eventos de arte, realizar parcerias e muitas vezes recomeçar do zero, se reinventar.

No ano de 2015, aprendi com um  certo “Mestre” – muito conhecido e admirado na cidade – que o artista precisa se doar de corpo e alma aos seus projetos, (e não de doações), sem descanso e sem hesitar. Percebi por estar em constante contato com ele, que trabalhar com arte não pode ser considerado um hobby, algo que produzimos apenas quando há inspiração e que fazemos as vezes só para “relaxar” – na verdade, trabalhar com arte não é nada relaxante e nos trás dificuldades que precisam ser enfrentadas e superadas como outra atividade qualquer-. Quando me refiro a esse “trabalhar com arte”, estou me referindo não apenas aos artistas, mas aos professores, produtores culturais, diretores, galeristas, assistentes culturais e todos os profissionais que estão diretamente envolvidos.

Que a “maré não está para peixe”, todos nós sabemos, mas alguém me disse que – não consigo lembrar ao certo quem – “É por conta dos grandes problemas que chegamos as grandes ideias”. Precisamos aprender a aproveitar uma de nossas melhores qualidades: A criatividade e com a ajuda dela, explorar nossa capacidade de resolver problemas.

Em pensar que tudo isso começa lá na sala de aula, quando a professora nos apresenta os primeiros artistas (que não necessariamente precisam ser apenas das artes visuais) e nós começamos a entender que pensar e agir criativamente pode nos trazer uma série de benefícios para a vida. O que inicialmente é um trabalho de criatividade, pode se tornar um hobby e evoluir para arte, pena que nem todos evoluem e assim passam os anos…

O educativo nas instituições de arte de Joinville

Qual a visibilidade que os museus e instituições culturais de Joinville dedicam ao seu educativo?

O título tem o intuito de ser provocativo.

Você já se perguntou qual a função dos museus e instituições culturais no mundo contemporâneo em que vivemo? Ser expectador ou “participador” do processo ?

São tantas as perguntas e questões que nos inquietam quando o assunto é o educativo e a mediação cultural…Mas qual é o seu papel dentro das instituições culturais? Será que o educativo é algo pensado exclusivamente para atender escolas e crianças?

Afinal de contas, o que é mediação cultural?

A mediação cultural é um meio utilizado para ampliar o repertório e a compreensão do público que se dispõe a observar ou participar dos encontros com a subjetividade da arte. São muitas as formas de compreender a mediação cultural em exposições de arte, estando presente por meio da curadoria, dos textos críticos, do material de divulgação, da exposição propriamente dita e, principalmente, por meio do educador do museu. A função do educador é comunicar, fazer observações e leituras de ordem semiótica referente às obras em questão, levando em conta o repertório daquele que está sendo mediado e instigando-o a encontrar seu próprio caminho, o seu jeito de se relacionar com a mostra.

Para isso aquele que media, necessita adquirir conhecimentos específicos a respeito da obra, do contexto histórico e cultural em que ela foi produzida e que está inserida, bem como do processo criativo do artista.

Além do preparo e do repertório do mediador cultural, este também precisa levar em conta de que é pela interação com o público que a mediação acontece. Não se pode limitá-la aos roteiros pré-estabelecidos pelas instituições, pois, mediar é mais que uma apresentação e reprodução de conceitos e informações, é um encontro de ideias, uma construção e amadurecimento constantes, um pensamento de ordem coletiva e singular, visto que cada pessoa aprende e interpreta o mundo a sua maneira. Por público mediado, pressupõem-se aqueles que desejam e estão abertos a tentar encontrar formas diferentes de se relacionar com a arte, observando pontos fundamentais ressaltados pelo mediador, que ao primeiro olhar, poderiam não ser percebidos. A mediação cultural acontece quando existe o desprendimento em permitir-se olhar de outra maneira, fazer um segundo olhar para arte e para a vida. O mediador cultural e o observador/participador tem que estar dispostos a compartilhar conhecimentos, a dialogar e a trocar experiências. Não há possibilidade de dar início à mediação cultural sem o entendimento entre aquele que media (e também recebe) e aquele que recebe (e também media) sendo então todos os envolvidos, também protagonistas da ação.

Entende-se que, a mediação cultural só acontece se ambos (mediador e “participador”) estiverem dispostos a compartilhar suas impressões, informações e conhecimentos de mundo, caso contrário, torna-se nada mais que uma espécie de aula expositiva, pouco ou nada significante para o visitante, já que as informações serão de certa forma, “despejadas” sobre ele, que na maioria das vezes, sentirá dificuldades quanto a assimilação dos conteúdos por não estar familiarizado com determinados conceitos e também com o que vê. É quando surgem às interpretações superficiais ou quase inexistentes que contribuem para perpetuar a anestesia, sentimento que está presente em nosso dia a dia e em grande parte da população, que por diversos motivos, pouco se relaciona com a arte na sua essência.

(Fragmentos de textos retirados do Trabalho de Conclusão de Curso “MUSEU DE ARTE DE JOINVILLE E MUSEU CASA FRITZ ALT: O PAPEL DO MEDIADOR CULTURAL E DA ARTE-EDUCAÇÃO NA ATUALIDADE” – Celiane Neitsch).

Com base no texto, compreendemos que a mediação cultural e o educativo são fundamentais no processo de educação e de “transformação” do olhar e que os mesmos não são exclusividade do público escolar ou infantil. Se é de interesse das instituições,  o aumento crescente do público, se faz necessário dar condições e oferecer atrativos (e não apenas atrações), para que a população tenha opções que vão para além da visitação.

Em Joinville, alguns espaços oferecem a opção de visita comentada (em outras publicações, falaremos do termo “monitor”), mas consideramos que os projetos culturais  incluam a participação dos visitantes, é de grande importância e contribui ainda mais para o desenvolvimento estético daqueles que estão em contato com as obras ou objetos de valor cultural. Outra questão muito pertinente, diz respeito a um determinado público que merece atenção especial e que precisa desesperadamente que as esquipes os incluam em sua programação: O público de pessoas com deficiência.

Pensar e debater políticas públicas que proporcionem o acesso a cultura e educação da pessoa com deficiência, também é essencial para o desenvolvimento cultural da cidade e é a realização efetiva de direitos adquiridos. Proporcionar acesso a cultura e a arte para todos, independente de sua condição, minimizando as diferenças e as injustiças sociais é um dever de todos os cidadãos, mas acredito que em especial, daqueles que escolheram como vocação, amor e profissão a arte e também a educação.

Um exemplo de equipe educativa e projetos de sucesso, é o “Museu Arqueológico de Sambaqui”, que conta com profissionais especializados, atendimento de referência, além de proporcionar experiências significativas as seus visitantes e contar com material pedagógico disponível para as escolas.

Esperamos e acreditamos em um futuros em que todas as instituições da cidade busquem oferecer, qualificar, valorizar e a cima de tudo, ter a consciência dos benefícios e necessidade de manterem as equipes de educadores, fazendo de suas mostras culturais, muito mais que um evento, e sim um local que faz a diferença e contribui com o avanço e fortalecimento do setor cultural e da educação não formal.

Diretores, educadores, curadores, artistas e demais envolvidos, vamos pensar juntos o educativo, a acessibilidade e a inclusão para fortalecer cada vez mais a arte de nossa querida Joinville!

Viajando na arte – O ônibus que virou um ateliê de encantos!

Esta é uma história sobre sonhos possíveis…

Projeto: Viajando na arte – O ônibus que virou um ateliê de encantos!

Este sonho nasceu da vontade e união da equipe de profissionais da educação da Escola Municipal João Costa, que diante de um problema, a falta de sala especializada para as aulas de arte, encontraram a solução com muita determinação e criatividade: Transformar um ônibus em ateliê de arte.

Segundo a diretora da escola, Cristine Kelly Kalckmann da Silva, a instituição já contava com a parceria de uma empresa de ônibus da cidade em outros projetos. E em uma das reuniões de professores, surgiu a ideia de solicitar o ônibus para que pudesse ser utilizado como sala de artes.

Cristine ressalta que inicialmente ela e as outras professoras imaginaram que a empresa doaria apenas o veículo, sem nenhuma alteração, e qual não foi a surpresa delas ao descobrirem que o pedido não seria apenas atendido, mas que o ônibus também seria personalizado. Fato que contribuiu ainda mais para despertar a curiosidade e o encantamento dos professores e estudantes.

Toda a modificação foi pensada com auxílio das professoras de arte Daniela, Carina e Édina. Que escolheram imagens de obras de arte de artistas consagrados para decorar o ônibus-ateliê. As educadoras declaram que é notável o entusiasmo das turmas e sentem que as aulas de arte tornaram-se ainda mais empolgantes com a chegada do ônibus – ateliê, pois acreditam que ter um espaço destinado exclusivamente às oficinas de arte, contribuirá muito mais para o aprendizado e desenvolvimento do potencial criativo dos alunos.