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“Elis e Eu: 11 anos, 6 meses e 19 dias com minha mãe”

“Elis e Eu: 11 anos, 6 meses e 19 dias com minha mãe”

“São as águas de Março/Fechando o verão…”, assim diz a música “Águas de Março” que o compositor Antônio Carlos Jobim, gravou com Elis Regina em 1974, embora ele já houvesse gravado sozinho sua composição em 1972.
Se estivesse viva, a gaúcha Elis Regina de Carvalho Costa, completaria 77 anos. Por isso, resolvi indicar “Elis e Eu: 11 anos, 6 meses e 19 dias com minha mãe”, de autoria de seu filho mais velho João Marcello Bôscoli.
A biografia, ou livro de memórias, foi lançado em 2019 pela Editora Planeta e é uma biografia um tanto diferente das costumeiras, pois conta a história de Elis Regina sob a ótica de seu filho mais velho que tinha apenas 11 anos quando a mãe faleceu em janeiro de 1982. O livro de apenas 200 páginas, conta com emocionante prefácio de Rita Lee e, além dos textos do filho, nos traz algumas fotos do arquivo pessoal da artista (todas em P/B) além de trechos do seu diário.
Infelizmente, não conheci Elis Regina, pois ela faleceu no ano em que eu completaria um ano, mas de certo modo, como todo brasileiro e boa parte do mundo, conheci Elis Regina através dos muitos vídeos que assisti e músicas que ouvi.
Elis, dividia opiniões, mas uma coisa é certa: ninguém era indiferente à artista. Minha mãe gosta muito, assim como eu, meu pai detestava. Dizia que ela “cantava gritado” ou que cantava “como um gato miando”.
Eu particularmente, gosto muito do seu timbre de voz e de muitas das músicas que ela gravou. Apesar de ser excelente intérprete (na opinião desta leitora), Elis Regina não compunha músicas. No entanto na opinião de muitos críticos e amigos, cantava “como se as músicas fossem suas”.

Por que ler o livro?

Porque Elis Regina foi uma grande artista brasileira e é ainda hoje, reverenciada no mundo todo.
Porque “Elis e Eu…”, traz um comovente relato da relação da artista com o filho, na chamada “vida real”.
Porque o prefácio de Rita Lee é emocionante.
Porque as imagens no livro são lindas

Não sei se você é do “time da minha mãe”, que é fã de Elis ou do “time do meu pai” que não gostava de sua interpretação ímpar, mas estou certa de que não será indiferente a esse livro.
Sugiro que você dê uma chance a esse breve livro de memórias ainda em 2022, no ano em que sua morte completa 40 anos. Vale uma observação: Elis Regina, morreu vítima de overdose aos 36 anos, ou seja, seu aniversário de morte, já conta mais anos que seu tempo de vida e se, apesar disso, Elis continua celebrada no mundo todo, é porque algo de especial acontecia ali.
Desejo que a leitura toque seu coração, assim como tocou o meu!

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