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Tecelagem contemporânea: artista Scheila Laís Eggert fala dos desafios de viver de arte


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Tecelagem contemporânea: artista Scheila Laís Eggert fala dos desafios de viver de arte


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Fotografia: Mariane Unlauf Fotografia

Moro em Joinville/SC, mas sinto que aqui meu trabalho é pouco valorizado. Quando envio minhas peças para outros estados, ou até mesmo outros países, percebo um público e uma aceitação muito diferente.  Scheila Laís Eggert, Artista Visual.

A artista visual Scheila Laís Eggert, vem ganhando destaque nas redes sociais e até mesmo em matérias produzidas para mídia impressa, como a revista Casa e Jardim (ed Mai/21), desde que decidiu empreender e mergulhar de cabeça no projeto Fiöm Ateliê. Scheila conheceu a tecelagem durante a graduação em Artes Visuais, na Universidade da Região de Joinville – Univille, e depois foi aperfeiçoar seu trabalho nas aulas de tapeçaria e tecelagem da “Casa da Cultura Fausto Rocha Júnior”.

Filha de Nelson e Lori Eggert, natural da cidade de Jaraguá do Sul/SC, a artista veio para Joinville/SC para cursar a faculdade de artes, concluída em 2019. Acabou ficando, e descobrindo aqui a paixão pelo tear. Impulsionada pela pandemia e a necessidade de complementar o orçamento doméstico, começou a produzir algumas peças para venda, e aos poucos seu trabalho foi ganhando novas formas, cores e volumes. 

Atualmente ela tem conquistado o público jovem e enviado suas peças para capitais como Porto Alegre, São Paulo e Rio de Janeiro, que segundo a artista, “gosta e valoriza uma produção manual, que carrega conceitos e significados”. Em sua poética busca ressignificar a tecelagem e argumenta: “Percebo que a arte têxtil não tem um lugar dentro das artes visuais, ela acaba não sendo muito bem vista. Acaba ficando numa espécie de limbo, não é considerada artesanato, mas também não é  vista como arte. Por isso quero explorar a tecelagem em seu potencial artístico”.

Nesta entrevista, Scheila apresenta seu projeto e revela alguns anseios em relação à carreira, mercado, ser mulher empreendedora e viver de sua própria arte.

Arte na Cuca: Como surgiu o seu interesse pela tecelagem?

Sheila: Meu primeiro contato com a tecelagem foi em 2019, no último ano da graduação em licenciatura em artes visuais. Foi amor à primeira vista, quando vi o tear, me encontrei.  Na universidade aprendi o básico, depois ingressei no curso de tapeçaria e tecelagem da Casa da Cultura Fausto Rocha Júnior, e tive aulas com a professora Luciane Sell da Silva. Lá compreendi melhor a técnica, e no momento venho adaptando e tentando me encontrar dentro desta linguagem e da arte contemporânea.

Arte na Cuca: Sua tapeçaria é desenvolvida sob a linguagem e técnicas contemporâneas, com fios soltos e volumosos, movimentos e cor. De que forma acontece o processo de criação das peças?

Sheila: Eu começo um trabalho pelo desenho, mas acho difícil seguir a ficha técnica, porque acabo  seguindo muito a minha intuição, vai acontecendo e aí a produção acontece no processo. Em alguns dias eu apenas sento em frente ao tear, e quero vivenciar a técnica. Acredito que está relacionado com minhas outras experiências, que de certa forma, dialogam com as artes visuais. Em Jaraguá do Sul/SC, eu havia feito o curso de Design e Produção de Moda (Instituto Federal Santa Catarina), e na graduação em artes, pude ter contato com a fotografia, além de ter feito fotografia na Fundação Universidade Regional de Blumenau (Furb). São três formações voltadas para área da criatividade, o que contribuiu muito para meu trabalho como artista visual. 

Arte na Cuca: Na página do Facebook da Fiõm Ateliê, você traz uma frase da artista Sheila Hicks (2015), conhecida por suas obras inovadoras e experimentais, e nos apresenta a reflexão:

“Eu sou lenta. Levo tempo para construir algo e um tempo longo para compreender o que eu fiz. Eu retorno repetidas vezes ao mesmo trabalho. Muitas versões se acumulam…eu reconsidero os quebra-cabeças visuais”.

Continuando você ainda escreve: “Ler sobre a minha artista têxtil favorita, é também me compreender! São tantas peças de incertezas e dúvidas, mas que com o tempo vão fazendo todo o sentido”. Hicks é uma artista que te inspira e te faz refletir sobre sua própria produção. Quais outros artistas te inspiram?  E de que forma você lida com as dúvidas acerca do seu trabalho?

Scheila: Ao longo deste meu caminho com a tapeçaria, acabei descobrindo vários artistas, mas existem três em particular, pelos quais me apaixonei. As artistas com quem mais me identifico são Sheila Hicks, Gunta Stölz e Anni Albers. Quando penso em artistas brasileiros, me inspiro em Norberto Nicola, que também tem um trabalho incrível.  Acho que ler sobre o artista, as experiências que teve e o que escreveu, me ajuda a entender meu próprio processo. Todos são incríveis, e espero um dia poder chegar onde eles chegaram.

Arte na Cuca: O foco da sua produção está na comercialização das peças. São trabalhos contemporâneos, que exploram a potência da arte como objeto de desejo e seu valor comercial. Como você sabe que seu trabalho está pronto para venda?

Scheila: É uma questão muito difícil saber ao certo em que momento é preciso parar. Confesso que tenho alguma dificuldade para entender este tempo, mas no meu trabalho isso também acaba sendo algo intuitivo, dá para sentir. Sobre o foco ser comercial, realmente estou produzindo algo mais comercial, pensando em viver da minha arte.

Arte na Cuca: Mesmo sua produção sendo recente, já pensou em participar de exposições de arte em instituições culturais, como museus e galerias?

Sheila: No começo meus trabalhos eram ainda mais comerciais. As cores, formas, não tinha nada a ver comigo. Com o tempo fui me encontrando. No momento ainda pretendo seguir com a produção comercial, mas sim, tenho a intenção de futuramente buscar o caminho das exposições de arte. Estou estudando as possibilidades.

Arte na Cuca: As suas peças estão disponíveis na loja online da Fiõm Ateliê. O que te motivou a empreender no campo da arte?

Sheila: Concluí a graduação em Licenciatura em Artes Visuais no final de 2019, e no início de 2020 até cheguei a procurar emprego na área da educação, mas acabou não surgindo oportunidade. Então decidi investir na minha produção artística, exclusivamente na tapeçaria, que já era uma paixão. Acho que ter criado um site, acabou facilitando na divulgação do meu trabalho, assim como nas redes sociais.Essas ferramentas digitais são também uma forma de compartilhar todo meu processo e acabaram sendo muito úteis neste momento de pandemia, em que muitos artistas e a população em geral, está enfrentando grandes dificuldades e falta de emprego e renda. 

Arte na Cuca: Suas peças são produzidas em que tipo de tear? Em suas redes sociais, li a respeito de trabalhos feitos de maneira totalmente manual. Como funciona esta técnica?

Sheila: Trabalho com o tear de Pente Liço e além dele, utilizo telas para bordados em lã, que tem um processo de produção ainda mais artesanal. Estou produzindo peças que misturam o bordado de tapeçaria clássico, como num resgate das memórias de avós, mães e filhas, que aprenderam a técnica umas com as outras, e tentar elaborar algo com técnicas mais contemporâneas. Para isso, eu mesma faço os desenhos na tela e vou trabalhando as cores e os fios.

Arte na Cuca: A tecelagem é uma linguagem que exige do artista muito tempo, dedicação e certo domínio da técnica. Estes são uns dos motivos que tornam o custo final dos produtos, pouco acessíveis ao grande público. Como você entende a questão da precificação no campo das artes visuais?

Sheila: Eu demorei um tempo para entender esta questão da precificação. Mas meu trabalho tem sido minha fonte de renda, principalmente na pandemia. Vivo da minha produção e por ser algo muito manual, que demanda tempo e dedicação, precisei aprender a cobrar por ele. Chega a ser engraçado pensar o quanto a gente se questiona: será que meu trabalho vale mesmo tudo isso? Por ser artista mulher, em início de carreira. São muitas questões. Mas tenho encarado minha produção artística como uma empresa, fiz toda a contabilidade, faço a divulgação, venda e tudo o que for necessário.

Arte na Cuca: Que conselho você daria para quem é artista empreendedor e quer comercializar seus trabalhos artísticos?

Sheila: Diria que não é algo fácil, precisa acreditar e se dedicar muito. Principalmente acreditar no seu próprio potencial. Estou me conhecendo, acreditando na minha marca e no meu projeto. Minha dica é, disponibilize seu trabalho online e mostre para todo mundo ver, tenha coragem de mostrar para o mundo. Também mostre quem você é, o público precisa se conectar com você.

Arte na Cuca: Onde você espera que seu trabalho e suas peças estejam, daqui a dez anos?

Scheila: Eu sonho muito! Quero muito poder ter um espaço fixo como uma galeria,  para expor minha arte. Poder explorar a tapeçaria tanto de forma comercial, como também em propostas mais artísticas, além claro, de ter um ateliê maior, porque no momento meu local de trabalho é um quarto no meu apartamento.

“A arte têxtil está muito conectada com o saber feminino, e gosto de abordar este saber em minha poética. A gente acaba se deparando com pessoas que dizem: minha avó também fazia isso, eu também sei fazer. Este é um ponto que busco discutir em meus trabalhos,  provocar novos olhares para esta linguagem e também para essa separação sobre o que é arte e o que não é. Hoje em dia, separar as produções em caixinhas não faz mais tanto sentido”. Scheila Laís Eggert

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