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Arte de Sérgio Adriano H que faz refletir se espalha pelo Brasil


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Arte de Sérgio Adriano H que faz refletir se espalha pelo Brasil


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Saído de Joinville, ele tornou-se o artista visual catarinense de maior evidência no País na atualidade

Sérgio Adriano H é um artista que usa o corpo para se expressar. E, ainda que absolutamente imóvel, cada músculo seu representa o desejo de atrair o olhar para o imperceptível. Sérgio também é um manipulador de palavras, que, mesmo represadas na garganta ou escondidas em afrescos, gritam de indignação perante uma sociedade que já não disfarça a hipocrisia. É assim, fazendo de si próprio o fio condutor do inconformismo, que Sérgio Adriano H. tornou-se o artista visual catarinense de maior evidência hoje no País, com mais de 90 exposições no currículo.

Para se ter uma ideia do alcance do trabalho do joinvilense, ele já participou de mais de 20 mostras somente em 2018, entre coletivas e individuais. São projetos no Brasil todo, principalmente em São Paulo, Santa Catarina, Brasília, no Rio de Janeiro e no Paraná. Em um ano, são duas bienais na conta (de

Curitiba e Brasília), e quando este tiver terminado, mais algumas participações terão elevado esse número, entre elas, a 8ª Bienal de Fotografia Documental da Argentina, a 46ª Coletiva de Artistas de Joinville e a exposição itinerante “Enigmas da Visão”, que passará pela Itália em 2019.

Além dessa quantidade incrível de convites e do conteúdo forte dos trabalhos, outra coisa que chama a atenção é a razoável rapidez com que Sérgio conquistou o reconhecimento nacional. Acredite, até 2011 ele era gerente comercial, e ainda que já tivesse um certo histórico artístico – ganhou o primeiro prêmio logo na estreia em salões de arte, em 2002 -, essa faceta corria em paralelo, pulsando, crescendo, esperando.

Em 2013, veio a virada: Sérgio decidiu dedicar tempo integral às artes e foi fazer mestrado em filosofia em São Paulo. Dois anos depois, formou-se, e não demorou muito para a carreira engrenar de vez. As performances, instalações, vídeos e fotografias de Sérgio se espalharam pelo Brasil, seja em espaços culturais renomados, seja em escolas e praças – graças a editais e premiações que ganhou -, apoiadas em três pilares: CORPO, PALAVRA E HISTÓRIA.

Um processo que mistura imagem (a do próprio artista) e crítica social, embasado, em boa parte, na filosofia. É dela que Sérgio tira e retrabalha um conceito batizado de “Verdade Apresentada”, baseado em crenças e hábitos tão enraizados que se tornam verdadeiros, mas que quando questionados, não têm base para isso.

“Parte do meu trabalho é desconstruir ‘verdades apresentadas’. “É deixar visível o invisível do racismo, do preconceito, da morte, que não é só física, mas moral e social”, diz Sérgio. “Quero comunicar sobre conhecimento. A gente soma conhecimento com o outro. Não fomos educados para ser formuladores de perguntas, fomos educados somente para responder perguntas. Porém, quero retirar o outro da passividade e fazer com o que mesmo entre em ação, formule perguntas, se questione sobre a arte e a vida”.

Nessa linha, dois projetos se destacam no já extenso portfólio de Sérgio. Um é “O Visível do Invisível”, instalação/intervenção urbana aprovada pelo Simdec e apresentada em cinco escolas públicas de Joinville. Nela, Sérgio fotografou a si mesmo chorando, ora com o rosto pintado de branco, ora com o rosto com tinta preta, numa metáfora à condição do negro, sua invisibilidade na sociedade e à escravidão.

“Ruptura do Invisível” foi contemplado no Edital Elisabete Anderle de Apoio à Cultura e apresentado em quatro cidades catarinenses, além de agendado para estar no Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica, no Rio de Janeiro, em 2019. Aqui, ele insere fotos de si em sabão em pó e água sanitária, o que resulta em outra imagem, disforme, numa alusão ao “embranquecimento” da sociedade brasileira.

Outra ação, ainda em processo, é “Palavra Tomada”. Na série de fotos, Sérgio aparece com letras de antigos carimbos na boca que formam palavras como “preto”, “viado” e “grite”. É, segundo ele, a representação do silêncio imposto a um segmento, especialmente negro.

“O desafio do artista não é aplainar o terreno, mas sim assinalar com clareza os acidades, as dificuldades, os  desafios. Cabe ao artista buscar sabedoria para si e para o outro, fazer com que os problemas aflorem, e não compor uma doutrina apaziguadora”, salienta, para então reforçar: “O conhecimento  liberta”.

Por tudo isso, e por manter um trabalho artístico engajado, contundente e em contínuo movimento, Sérgio Adriano H foi listado como um dos 30 artistas mais influentes do Estado no livro “Construtores das Artes Visuais: Cinco Séculos de Artes em Santa Catarina”. Seu trabalho, além de espalhado pelo Brasil e por outros países, se encontra nos acervos do Museu de Santa Catarina, do Museu de Itajaí, do Museu de Arte de Blumenau e em coleções particulares.

Enviado por:  Rubens Herbst

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